Há três dias minha avó materna faleceu.
Uma jovem senhora de
92 anos, lúcida e independente.
E nesses três dias fiquei lembrando de alguns momentos que
vivi com ela.
Morei na sua casa até os 4 anos. Dormi inúmeras vezes no seu
colo.
Passei algumas férias ao seu lado.
Aprendi com sua elegância a gostar de sapatos, colares,
pulseiras (minha avó sempre estava enfeitada, seja com um desses
adereços). Salto alto usou até alguns anos atrás.
E se hoje me chamam a atenção as flores, as árvores, a
poesia, e uma boa conversa na hora da refeição, é porque aprendi com ela.
Mas não é só a respeito da minha avó que vou falar hoje.
Com a sua partida comecei a refletir sobre os avós e o
diabetes.
De como também é dolorido para os avós esse enfrentamento.
E
que nós pais, às vezes (isso quer dizer sempre), cobramos maior participação deles, mas também não
conseguimos enxergar que para eles é difícil.
A relação de avós é difirente da de pais. Portanto cuidar do
diabetes também é diferente para eles.
Na maioria dos casos, os avós não vão às consultas, não
administram diariamente o tratamento,não assimilam todos os pormenores que nós pais, diretamente
envolvidos no tratamento de nossos filhos, administramos.
Acho importante a gente escutar, descobrir o que, ou no que, os avós podem auxiliar.
Ver as limitações que eles tem, e aceitar que nem sempre vão
acertar.
Mas que podem, se quiserem, aprender mais.
Para que além de doce, como culturalmente falamos, a relação
com os avós fique muito SAUDÁVEL!!!!!!
Grande beijo, Simone.